sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cartas de Bolso III

Oceano das Paixões, 16 de Junho de 2006

Sabes o que fui buscar ontem enquanto dormias?
Subi ao sótão e encontrei um baú com as nossas cartas. Abri-o e a minha expressão foi de espanto! Totalmente perplexa com a quantidade de escritas que em tempos trocámos. E uma tão doce lágrima escorreu-me a face. Não sei se de felicidade. Ou de saudade. Porém, um aperto no coração de angústia por saber que deixei de te enviar cartas há bastante tempo. Mas tenho a dizer-te uma coisa muito importante: todo o amor que sinto por ti, nunca foi nem será transmitido em cartas. É infinito. Como tal, impossível de te demonstrar. De o caracterizar. De to fazer sentir. É milagroso, como tu. Ainda hoje, ele sara todas as minhas feridas grandes. E eu, fico deliciada contigo. Ainda hoje fico! Tu és a minha metade. Tu és o outro ser de mim.
E quando o teu corpo se unia ao meu difundindo-se, naqueles instantes em que o teu coração apaparicava o meu e as nossas mãos se iam juntando como envergonhadas. Ainda hoje me lembro! E sorrio muito.
Tudo em ti me faz querer prender-me à tua pessoa. E o teu sorriso!? Oh, que doce e lindo sorriso. Pertencer-me-á sempre a mim. Sou eu que o estimulo, ainda, espero... Contudo, o teu perfeito olhar profundo não deixa de ser procurado pelo meu. E todo o meu amor, não deixa de te encontrar a ti, mesmo que seja por entre a noite.
Amar-te, ainda hoje é uma incógnita que eu adoro aventurar-me e vivê-la.

1 comentário:

Pedacinhos de mim disse...

Que lindo post, sabe sempre tão bem quando vasculhamos as recordações de um amor, de um amor tão vivo dentro de nós. Revi-me bastante nestas palavras, texto mesmo muito bom. Um beijo :)*