sábado, 3 de março de 2012

Eu escolho amor ♥


Ando confuso, compus versos que não senti
A minha vida sou eu versus o mundo mas um "eu" não sem ti
Ou nem sei bem se se trata disso, trato do quê
Devia-me tratar mesmo, tratem de mo dizer
Vou escrever até passar ou entender o que te move
Não sei se hei-de amar porque amo o que não posso
Se p'ra ti te dá gozo eu trato de me censurar
Tu só vais desejar-me no dia em que eu te deixar
Mudando de assunto p'ra outro: odeio o espelho
Mostra-me mais louco, mais velho, mais feio, mais estranho
Leio, escrevo, escrevo, leio, nunca é suficiente
Sozinho na rua, na mente tenho tanta gente
Se um dia eu for o topo não fico assim arrogante
Não 'tou a dar p'ra estrela, sempre brilhei distante
Se achas eu ando a ler dicionário man
Não preciso de palavras caras, eu quero se sa foda dread
Quero que sa foda tudo e quando digo tudo
Digo o mundo que até já me mandou foder a mim há muito
P'ra mim há duas maneiras de passar a vida
Afastares-te do sistema ou fazeres o que o sistema te dita
Eu claro não ia ficar a ver, ficava revoltado em casa
A escrever, a endoidecer, fuck that
Quando eu cagar no rap escrevo livros
Sobre a condição humana de estarmos presos à ideia de sermos livres
Tenho em ideia ter uns filhos
Uma mulher que não dependa de anéis e brincos
Mais importante que isso, não dê valor a estrilhos
Que perceba que podemos ser felizes com pormenores mínimos
Simples, samples de memórias
Frases e imagens do pretérito impelem-me insónias
Não sou ninguém e também não sou o único
Arrepia-te quando abraças alguém, pode ser o último
Não vou andar a vida toda 
A procurar um atalho p'ra tua volta
Pelos segredos que te dei p'ra agora me dares a tua ausência
Não quero viver num eterno retorno
Porque eu sou rei mas caio sempre do trono
Sem ti, sem ti é a mesma cena
Tu é que deixaste de sentir, eu sinto a mesma cena
Mas o nosso desejo é desigual
A única vez que me senti bem foi antes de me teres feito sentir mal
Hoje prefiro escrever e beber algo
E quanto ao coração, ya tenho o Inderal
E se algum dia houver algo que me aconteça
Não há problema mesmo morto eu vou ser eterno na minha cabeça
Tropa se eu partir desta um dia a gente vê-se na…
Nahh… Não acredito nessa fábula
Enquanto te odeio
Por me atirares à cara o que fiz porque te quero
Evito pensar em ti, mas não sei
Fazê-lo devido ao desejo que pelo teu corpo tenho
A culpa não sou eu que a tenho
Lá por tu ma mandares não quer dizer que apanhe
No princípio eras doce, no fim ficaste o oposto
Dizem que ‘tás cada vez mais bela devo ‘tar um monstro
Fogem-me sempre as pessoas que eu gosto
Porque eu penso que não preciso dizê-lo e que se nota que eu gosto
O sonho é a realidade que nos foge
Adormeço a pensar em ti acordo a pensar em nós
E sei que p’ra ti ta tudo resolvido
Parece que vivi outra paixão sozinho
E forço-me a não pensar nisso, (vá lá não penses nisso),
E penso em mais coisas que quero dizer e ‘ta tudo dito
Então o que é que eu tenho escrito?
Outra vez esse medo de escrever sem um objectivo
Quando este som acabar vais passar a frente ou pensar?
Quando é que vais mudar e deixar de esperar?
Deixa-me desesperar, eu não espero mais
Da vida do que aquilo que ela ofereceu aos meus pais
O teu silêncio são pedras no meio do meu barulho
Tu preferes o amor ou o orgulho?

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