domingo, 29 de janeiro de 2012

As palavras que nunca te disse

"Tenho saudades tuas. da tua presença, da tua parvoeira, da tua capacidade de, com uma expressão, um olhar ou apenas uma "migalhinha" de mim, perceberes o que se passava. sinto falta da parvoeira constante - porque quando mais ninguém nos animava, éramos nós que o fazíamos. (...) És e foste a minha pita, a minha criancinha, (...) Mas o amor que por mim sempre tiveste, a maneira como encaravas a nossa amizade... tu sim, posso dizer que foste verdadeiramente especial. (...) Secretamente (não sei porque o fazia), sempre te amei com todo o amor que te podia dar. Mas cerca 75% desse meu amor, ficava escondido e pensava para mim mesma: - Limitar-me-ei a utilizar esse amor em casos de emergência. Afinal de contas eu não quero perder este meu tesouro" e dava-te apenas 15%. E é por isso que dizes que a maior parte das vezes não te dava nem metade da importância que me davas a mim. Mas sempre que contigo estava, o mundo parava, e tinha tanto orgulho em ti... e continuo a ter, (...) não sei que te possa dizer mais... apoio-te em tudo, (...) eu vou estar sempre lá para te proteger, como continuo a fazer desde o dia que soube que estavas em perigo. Tenho saudades tuas, a toda a hora, mas tenho um medo enorme que as coisas não funcionem. (...) fazes parte de mim. sempre. E acabo este pseudo-mail com um sorriso. Dá-nos uma oportunidade. Como te dei a ti algumas vezes e continuo sem ressentimentos... eu e tu fomos das poucas pessoas que ainda nem uma "primeira oportunidade" tivemos, nunca precisamos dela. Se achas que precisamos agora, se queres arriscar, estou aqui à tua espera e de braços abertos como sempre estou, disposta a recolher-te e abraçar-te com todo o meu carinho. Beijinho" By. R


Tenho saudades. Não devia ter saudades tuas porque já nem te conheço, mas tenho. Ultimamente tenho pensado muito em ti, tenho sentido a falta do que eras, do que éramos, do que juntas conseguíamos. Foste uma boa amiga quando te conheci. Foste uma companheira para o bem e para o mal mesmo estando longe. Foste uma boa ouvinte, foste uma boa pessoa para mim. Foste tu própria. Não precisaste de capas para me cativares, não precisaste de mentiras para me iluminar e não precisaste de palavras que não as tuas, sinceras e simples, para me fazeres ficar presa a ti.
Eras tu. Eras tu quem me ouvia todos os dias. Os meus desgostos, as minhas preces, os meus sentimentos. Era também contigo que partilhava os meus sorrisos, os meus dias, as minhas diversões. Eras tu que fosse o que fosse não deixava de lá estar!
Isso mudou...

De um momento para o outro, olhei para o lado e não eras tu quem estava para me amparar e fazer parar de chorar. Eram umas tantas outras pessoas que não sabia quem eram. E onde foram as tuas promessas? E onde foram as tuas certezas de que ficaríamos para sempre? Eu precisei de ti durante muitos dias e só sentia o frio da tua ausência. Foi como se me tivesses envolvido num enorme cubo de gelo e me deixasses num lugar sem fim e, ainda pior, sem luz. Eu precisei de ti. Eu precisei do teu abraço. Eu precisei do teu sorriso. Eu precisei do teu olhar. Eu precisei das tuas palavras. E não havia nada. Não havia nada teu. Não havia nada a que me pudesse agarrar que fosse dar de novo à tua pessoa. Não havia Tu. Não havia Eu. E o pior, nada restava de Nós.

Sabes? - não, claro que não sabes... Não tens a mínima noção de nada e quem sou eu para ta dar? - Chorei durante muitos dias em silêncio. Deixaste-me desamparada. Eu era a tua pita. Tu própria mo disseste. E eu, que sempre te fui fiel e sempre te tentei dar tudo (ou quase) para que ficasses do meu lado, mesmo sabendo que não era preciso isso, porque, se realmente o quisesses, ficavas. E tu, - volto eu a dizer - deixaste-me desamparada! Se tu imaginasses por um segundo que fosse a mágoa e a tristeza que fizeste abater sobre mim. Se soubesses a maneira drástica e dura de como parte de mim se desmoronou quando dei por mim, sem ti. Tu nunca irás ter noção. Mesmo que um dia te esforces para isso, nunca irás saber realmente. Sabes o que acho tão triste? Nunca me teres dado o teu amor numa totalidade e ter dado sempre, apenas, 15% desse. Fico a pensar se algum dia te arrependeste de o teres feito dessa forma.

E entristece-me também, nunca ter-te dito nada. Mas nunca achei que quisesses ouvir. Nunca achei que te preocupasse realmente como ficaste por me ter deixado. Nunca pensei, sequer, que te tivesses magoado ao ires-te embora. Muito menos, eu achei que te tivesse doído ficar sem mim.
Para mim, como sempre, eu é que gostava de ti e tu simplesmente...ias gostando. Nunca me pareceste totalmente verdadeira.

Neste momento, nada disso vale a pena ser pensado. Não interessa nada porque só existes tu, só existo eu e um nós? Não existe mais. Terminou o que quer que fosse. Não há nada que me ligue a ti a não ser um passado...talvez, na minha opinião, bom. Não foi o melhor. Não foi um espanto, mas foi bom. Minimamente que tenha sido. Volto a dizer que foste uma boa amiga, enquanto foste tu. Aquela menina inocente, que tinha um brilho genuíno no olhar, que sabia estar lá para toda a gente, que não excluía ninguém, que aceitava tudo, que era brilhante como pessoa.
E é dessa menina que tenho saudades. Só dessa. O resto, tornou-se demasiado feito. Demasiado mentiroso. Já não eras tu, mas eu, continuava a ser eu e nem por tu teres mudado, eu mudei também. E isso sim, deixa-me feliz.

Foste um bom presente. Foste uma boa surpresa, para além de tudo.

5 comentários:

Aurora disse...

Que palavras <3

Aurora disse...

Oh doce, não tenho. E oh, era bom que continuasses mais vezes por cá. <3

Aurora disse...

Não ando muito bem e tu? Beijinhos <3

Aurora disse...

Entendo-te perfeitamente e então melhora bem rápido querida, que te quero bem e oh, és FORTE. Oh, são tempestades. Entendes-me? Beijinhos <3

Não percebo nada de tumblr

Aurora disse...

Muito obrigada princesa. és uma grande querida. Muitos beijinhos e volta sempre <3